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Writer's pictureFlix N Dawn

Peranbu: o amor do pai que não conhece limites


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  • @flix_n_dawn

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Gênero: Drama/cinema mundial

Diretor/Roteiro: Ram

Introdução:

Eu vi esse filme como um dos meus primeiros cinco filmes indianos e é um dos meus favoritos quando se trata de atuação. Peranbu foi exibido no 47º Festival Internacional de Cinema de Rotterdam na Holanda, no 21º Festival Internacional de Cinema de Xangai na China, no 49º Festival Internacional de Cinema da Índia, no Festival de Cinema Indiano Coreano na Coreia do Sul e no 11º Festival de Cinema Indiano Independente de Novas Gerações em Frankfurt, Alemanha.


História e Roteiro:

A história é sobre um pai que trabalhava no exterior, mas é obrigado a voltar porque sua esposa abandonou a filha adolescente que sofria de paralisia cerebral. Estando ausente por tanto tempo, Amudhavan (Mammootty) acha difícil se conectar com Paapa (Sadhana). O pai e a filha lutam para viver enquanto enfrentam problemas financeiros e sociais. O filme é dividido em capítulos centrados na vida de pai e filha.


Sir Ram é tão corajoso ao percorrer o caminho menos percorrido do cinema - a natureza da sexualidade. Seu intrincado roteiro retrata que a sexualidade é algo natural e não pode ser negada ou trancada atrás das grades. Muitos filmes abordam a sexualidade, mas poucos tratam do desejo sexual de uma mulher com deficiência. Ele também usa o personagem de Meera para mostrar que até os transgêneros também têm moralidade. Todos os personagens têm falhas, mas Sir Ram não fez de ninguém um antagonista. Ele faz de seu protagonista Amudhan um homem bem-educado e não julga ninguém por suas ações e vidas. Outro personagem que atua nas sombras é a própria Natureza. A mãe que abandona o filho, as mulheres casadas que cometem adultério, as profissionais do sexo e o pai que permite que o filho seja espancado são apenas peões da natureza. A natureza é a verdadeira antagonista aqui, já que um dos títulos do capítulo é “A natureza é brutal”.


O estilo narrativo é lento. Os flashbacks e prenúncios são fornecidos para solidificar a trama. É cru, realista, único e fascinante, levando a um belo clímax que assombrará suas memórias por muito tempo. A cena do clímax é um espetáculo e tanto. O tom sombrio, a câmera um pouco trêmula, a trilha sonora melancólica, as tomadas em grande angular, as performances sólidas e os poucos, mas impactantes, diálogos farão até mesmo a pessoa com o coração de pedra encharcar-se em lágrimas. A cena final é absolutamente gratificante e perfeita para encerrar o filme.


Personagens e performances:

Esta é definitivamente uma das melhores atuações que vi até agora em filmes indianos. É meu primeiro encontro com Sir Mammootty e seu desempenho me surpreende completamente. Com close-ups estéticos, ele comunica sua emoção ao público. A cena em que ele fecha a porta ao ver Paapa e perceber que ela já é mulher é arrasadora. Sadhana acerta seu papel como Paapa. É um papel muito desafiador e ela o faz de forma eficaz. Embora possa haver algum tempo que eu ache que o desempenho dela é um pouco exagerado, mas no geral é fenomenal. A personagem central de Meera (Anjali Ameer) como trabalhadora sexual transgênero também merece elogios. Ela torna cada aparição memorável.

Quadros, pontuação e direção:

Adoro o lapso de tempo e as tomadas aéreas em várias partes do filme. A névoa que envolve e desce do lago prenuncia a emoção de cada capítulo. A primeira metade mostra as belezas naturais do país, a fauna e a flora, a quietude do lago e o calor dos campos verdes perfeitos para o florescimento do relacionamento entre pai e filha. A segunda metade mostra a feiúra da cidade, com lixo, apartamentos apertados e poluição que combinam bem com sua vida difícil. Minhas fotos favoritas são quando eles andam de barco na primeira vez que foram à casa do lago, o rosto de Meera do lado de fora da janela do táxi de Amundhavan e a foto aérea no final. Eles retratam emoções diferentes e são todos muito comoventes. Os close-ups são perfeitos, revelando os detalhes das expressões faciais que encapsulam as emoções e a dinâmica dos personagens. Theni Edward merece toda a admiração pela louvável narrativa visual.


A música e as canções de Yuvan Shankar Rajamusi são de natureza meditativa. Eles combinam bem com as emoções retratadas. A sutil trilha sonora de fundo define a vibração comovente que torna o filme comovente.


Eu respeito e admiro muito Sir Ram por apresentar um drama familiar muito emocionante sobre a maioridade que pode ser devastador e perturbador, mas lindo, ao mostrar que o amor realmente não tem limites. Um comentário contundente sobre questões delicadas apresentadas com certeza. O filme faz com que o público se sinta enfático com os personagens e ao mesmo tempo faz com que eles façam uma retrospectiva de suas próprias vidas.


Conclusão:

Já vi muitos filmes sobre relacionamento entre pai e filho, mas este é o mais cru, realista, comovente e mágico, mas comovente, contundente, assustador e deprimente. Todos nós temos nossa própria batalha e luta e às vezes sentimos que a vida nos atingiu com força, mas depois de assistir Peranbu perceberemos que somos mais do que afortunados. É inspirador como os personagens imperfeitos tentam viver suas vidas com dignidade em meio à sociedade dura e julgadora. Além disso, o filme revela a todos os pais que comparar os próprios filhos é injusto e brutal. E que nunca poderemos compreender o sofrimento de alguém, a menos que o experimentemos nós mesmos. Peranbu é uma bela representação do amor insondável de um pai por sua filha.



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rnixon37

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