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Em 1859, Charles Darwin publicou sua obra culminante A Origem das Espécies, que imediatamente recebeu muitas críticas tanto científicas e religiosas, quanto políticas e sociológicas, entre outras.
Com tantas ideias inovadoras de evolução que desafiam a crença em seu tempo, a parte mais controversa deste livro foi a última frase:
“Há grandeza nesta visão da vida... enquanto este planeta continua girando de acordo com a lei fixa da gravidade, de um começo tão simples, infinitas formas mais belas e maravilhosas foram e estão sendo evoluídas.”
Essa era uma ideia perigosa na época, pois eliminava a ideia do envolvimento de um criador na história natural. Além disso, rebaixa a posição privilegiada do ser humano com a ideia de que somos resultado da evolução e do acaso, e não do destino e do propósito.
A seleção natural não se preocupa com nenhum conforto. Por que deveria? As coisas simplesmente decorrem de leis que agem ao nosso redor, e a natureza é indiferente ao sofrimento que segue seu princípio orientador, a sobrevivência do mais apto. Nessa visão, Darwin reconhece que as verdades sobre o mundo real, por mais desagradáveis que sejam, devem ser enfrentadas.
"Tudo o que podemos fazer é ter sempre em mente que cada ser orgânico tem que lutar pela vida e sofrer grande destruição. Quando refletimos sobre isso, podemos nos consolar com a plena crença de que a guerra da natureza não é incessante, que nenhum medo é sentido, que a morte geralmente é imediata e que os vigorosos, os saudáveis e os felizes sobrevivem e se multiplicam”.
Com as leis físicas e a seleção natural no comando, não há razão para auto-engrandecimento ou autopiedade. Não há necessidade de se preocupar em encontrar sentido na vida ou questionar o destino. Somos apenas mais uma parte do espetáculo natural, e nem mesmo a melhor parte dele.
Mas que show é esse.
Há grandeza nessa visão da vida, mas se você não pode vê-la, é por sua conta.
By @existentialskeptic
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